Cientista norte americano diz que tempestade solar gigantesca poderá atingir a Terra

17/11/2015 22:37



Há uma possibilidade concreta de aproximadamente 12% de que o planeta Terra experimente uma enorme erupção solar na próxima década


Em termos astronômicos, esse número é uma chance imensa, já que estamos falando de 1 (uma) em cada 8 (oito) chances.


Este evento poderá causar danos aproximados de US$ 2 trilhões de dólaressomente para os ESTADOS UNIDOS e o país poderia levar até 10 anos para se recuperar.


Tal evento extremo é considerado relativamente raro. A última tempestade solar dessa magnitude ficou conhecida como o Evento Carrington, e ocorreu em 1859. Foi o evento mais poderoso já conhecido na história.


Os EUA possuem um plano específico para esse tipo de desastre. (veja no site da Casa Branca)


Grandes tempestades podem causar estragos em cidades, alagando ruas e prejudicando a infra-estrutura. Mas com o advento da tecnologia, há uma preocupação bem maior do que o vento e a chuva: o clima espacial.


Se uma tempestade solar gigante nos atingir hoje, a nossa tecnologia seria dizimada. A Terra inteira poderia ficar no escuro, sem eletricidade.


Para o físico espacial Pete Riley, cientista sênior do Predictive Science em San Diego, Califórnia,um evento desse porte ter uma chance maior do que 10% nos próximos 10 anos é surpreendente.


O Sol passa por um ciclo de aumento e diminuição da atividade a cada 11 anos. Durante o máximo solar, a estrela fica pontilhada com muitas manchas e enormes redemoinhos magnéticos explodindo de sua superfície. Ocasionalmente, estas erupções emanam do sol, expelindo uma massa de partículas carregadas para o espaço.


Pequenas explosões solares acontecem com bastante frequência – isso pode ser representado com uma distribuição matemática conhecida como lei de potência. Riley foi capaz de estimar a chance de uma enorme tempestade solar ao olhar para bancos de dados históricos e calcular a relação entre o tamanho e a ocorrência de erupções solares.


O maior evento de energia solar já registrado foi o Evento Carrington, que ocorreu em 01 de setembro de 1859. Naquela manhã, o astrônomo Richard Carrington observou uma enorme labareda solar entrar em erupção a partir da superfície do sol, emitindo um fluxo de partículas na Terra viajando a mais de 6,5 milhões de km/h.


No momento do Evento Carrington, estações telegráficas pegaram fogo, suas redes experimentaram grandes interrupções e observatórios magnéticos registraram distúrbios no campo da Terra que ficaram literalmente fora da escala.


No mundo moderno de hoje, que é totalmente dependente da energia elétrica, uma tempestade solar de escala semelhante poderia ter consequências catastróficas, podendo contribuir para a erosão de oleodutos e gasodutos. Eles podem perturbar satélites GPS e perturbar até mesmo toda a comunicação de rádio na Terra.


Durante uma tempestade geomagnética em 1989, por exemplo, a rede de energia Hydro-Quebec do Canadá, entrou em colapso por 90 segundos, deixando milhões de pessoas sem eletricidade por até nove horas.


“Uma queda de energia a longo prazo provavelmente incluiria, por exemplo, interrupção do transporte, comunicação, serviços bancários, sistemas de finanças e serviços governamentais; a repartição da distribuição de água potável devido à falha de bombas; e a perda de alimentos perecíveis e medicamentos por causa da falta de refrigeração”, disse o relatório do NRC.


Mas essas possibilidades provavelmente representam apenas o cenário de pior caso, disse Robert Rutledge, líder do escritório do Centro de Previsão NOAA / Serviço Meteorológico Nacional do Clima Espacial.


É difícil de entender as conseqüências sociais de bilhões de seres humanos sem eletricidade por anos. O que sabemos com certeza é que o custo econômico seria enorme. O relatório National Academies estima que o custo total de um evento Carrington hoje poderia ultrapassar US$ 2 trilhões de dólares – 20 vezes maior do que o custo do furacão Katrina


Alguns destes efeitos podem durar anos, e eles seriam sentidos a nível global.


Fonte: Diário do Poder.


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