Comissão do Impeachment no Senado desconsidera áudio de Sérgio Machado e Jucá inclusos na defesa de Dilma Rousseff

02/06/2016 19:55


O presidente da Comissão do Impeachment, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), retomou a reunião do colegiado rejeitando as questões de ordem apresentadas pela defesa da presidente Dilma Rousseff. O relator do processo, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), também analisou requerimentos apresentados e acolheu dois deles.


A reunião foi suspensa por duas horas, no início da tarde, para almoço e descanso dos parlamentares. Na volta aos trabalhos, Anastasia voltou a rejeitar os requerimentos que pediam a inclusão, como provas, das gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, de conversas com líderes do PMDB em semanas que precederam o afastamento da presidente Dilma. As gravações constam de delação premiada de Machado e o pedido de inclusão delas no processo já tinha sido feito pela defesa, mais cedo, e rejeitado pelo relator.


O relator acatou apenas os requerimentos que pediam o envio de ofícios ao Tribunal de Contas da União e à Secretaria do Tesouro Nacional para que prestem informações sobre os decretos de suplementação orçamentária e o Plano Safra, nas questões em que a presidente afastada é acusada de crime de responsabilidade.


Entre as questões de ordem rejeitadas por Lira, uma foi apresentada pelo senador José Pimentel (PT-CE), na qual ele fazia pedido de vista sobre os requerimentos aceitos por Anastasia. Outro pedido rejeitado por Lira era uma nova arguição de suspeição contra o relator, questão que já tinha sido afastada outras vezes pela comissão.


Próximas etapas


Ainda está com dúvidas acerca de como ocorrerão as próximas etapas do impeachment de Dilma Rousseff? O infográfico abaixo explica detalhadamente o processo, sendo que algumas delas já foram realizadas tanto pela Câmara como pelo Senado. Vale ressaltar também que contando a partir do dia em que foi aprovado o afastamento de Dilma Rousseff no Senado (12 de abril) de 55 x 22 votos, o prazo máximo de afastamento termina em meados de novembro, sendo que terminado o prazo e o julgamento inacabado, a presidente afastada pode voltar a assumir o cargo enquanto se realiza o final, todavia a esperança é que o julgamento final e a consequente finalização do processo terminem muito antes desse prazo, com a expectativa de ser em agosto ou setembro a votação que pode determinar a cassação do mandato de Dilma ou sua absolvição e retorno ao cargo.




Imagens: <odia.ig.com.br> (Infográfico)

                 <alagoas24horas.com.br> (Abertura da matéria)


Com informações da Agência Brasil.

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